Tom Aspinall provoca Jon Jones e reacende polêmica sobre doping no UFC

Tom Aspinall eleva o tom contra Jon Jones e polemiza sobre uso de doping no UFC
O clima no peso-pesado do UFC está fervendo. Tom Aspinall, campeão interino da categoria, decidiu cutucar uma velha ferida de Jon Jones: os polêmicos episódios envolvendo doping e testes positivos ao longo da carreira do ex-campeão meio-pesado. Aspinall foi direto e não poupou palavras ao afirmar que essas violações desqualificam Jones do status de maior lutador de MMA de todos os tempos.
Aspinall não deixou margem para dúvidas: para ele, qualquer uso de substâncias para melhorar o desempenho já configura uma trapaça, não importando a intenção ou o tipo de substância. O britânico deixou claro que, ainda que não acredite que Jones tenha usado esteroides diretamente, o simples uso de substâncias proibidas representa uma vantagem injusta sobre quem compete limpo e joga pela regra.
Jon Jones, como já era de se esperar, não ficou calado. Em uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, Jones reagiu com ironia e menosprezou Aspinall, chegando a chamá-lo de “ninguém” e questionando sua relevância atual no peso-pesado. Jones ainda usou parte da transmissão para se explicar: segundo ele, um de seus testes positivos no passado ocorreu por engano, quando ingeriu uma substância proibida pensando tratar-se de Cialis, um remédio para disfunção erétil. Mas, mesmo com a justificativa, as críticas não cessaram.
Para quem acompanha o debate, o histórico de doping de Jon Jones divide opiniões há tempos. Ele já foi afastado de lutas importantes, perdeu cinturão e até comprometeu a credibilidade da própria categoria em momentos de maior turbulência. Por outro lado, fãs fiéis seguem argumentando sobre seu talento e habilidade técnica incomparável dentro do octógono, tentando dissociar essas qualidades dos episódios de doping.
Disputa nos bastidores e clima de rivalidade no topo do UFC
Toda essa briga nos bastidores ganhou ainda mais força quando a organização do UFC programou a luta de unificação do cinturão entre Jon Jones e Stipe Miocic para o UFC 309, inicialmente deixando Aspinall escanteado. Isso aumentou o desconforto para quem acredita que o inglês deveria ser o próximo a desafiar Jones — especialmente porque o CEO do UFC, Dana White, já disse claramente que quer ver Aspinall enfrentando Jones logo.
Jones, porém, não parece nada ansioso pela luta. Ele diz que só toparia encarar Aspinall se tivesse uma compensação financeira muito acima da média, o que revela não apenas a tensão esportiva mas também conflitos em torno do valor de mercado dos atletas dentro da franquia. Enquanto isso, Aspinall insiste em seu discurso: para ele, esporte limpo vem acima de qualquer legado. Esse argumento faz eco entre outros atletas e fãs que cansaram de histórias de abuso de substâncias e buscam um UFC mais transparente e justo.
Nessa disputa, o que está em jogo vai além do cinturão. O que se discute é o peso de resultados manchados por dúvidas, o real significado de grandeza no esporte e o quanto uma carreira pode ser abalada por decisões fora do octógono. O debate, que mistura orgulho, ética e negócios do UFC, está longe de esfriar e promete movimentar tanto os bastidores quanto o futuro do peso-pesado.