Paulo Henrique, do Vasco, estreia na Seleção: substitui Wesley lesionado
Quando Paulo Henrique, lateral‑direito do Vasco da Gama recebeu a lista de convocados de Carlo Ancelotti, treinador da Seleção Brasileira para os amistosos de 6 de outubro, a surpresa foi geral. A chamada veio após Wesley, lateral‑direito da Roma sofrer uma lesão contra a Fiorentina, o que o tirou da lista. Paulo Henrique, então, vai ocupar a vaga nos duelos contra Coreia do Sul e Japão, disputados em São Paulo.
Convocação inesperada e contexto imediato
O anúncio foi feito na manhã de domingo, 6 de outubro de 2025, durante a coletiva de imprensa no Going Yo Ang Stadium. Ancelotti explicou que precisava de um lateral‑direito com "velocidade e capacidade de marcação" para os amistosos, e o nome de Paulo Henrique apareceu na lista como resposta rápida à ausência de Wesley.
O técnico ainda destacou que o jogador traz “uma energia contagiante” e que a experiência no Vasco, onde já enfrentou grandes clubes brasileiros, será valiosa para o esquema da Seleção.
A trajetória de Paulo Henrique até o Vasco
Nasceu em Açailândia, interior do Maranhão, e mudou-se ainda criança para Florianópolis. A paixão pelo futebol começou nas ruas de Santa Catarina, onde atuou em equipes amadoras antes de tentar a vida nos centros de formação.
Aos 10 anos, fez três peneiras: duas no Figueirense (rejeitado duas vezes) e uma no Tubarão (reprovado). Em 2018, aos 15, finalmente foi aceito no Figueirense e disputou o Campeonato Catarinense Sub‑17 no ano seguinte.
Mas o clube entrou em crise administrativa; a empresa terceirizada responsável pela base fechou as categorias de base. Depois de cinco meses, Paulo saiu e tentou um teste no rival Avaí – nada. Foi então que recebeu um convite do Tubarão, aceitando um contrato de R$ 200.
A estreia no Tubarão aconteceu na Copa Santa Catarina 2020, realizada em janeiro de 2021, atrasada pela pandemia. Quatro jogos depois, Sávio, empresário que já havia orientado o jogador, o encaminhou ao Flamengo. Em fevereiro de 2021, Paulo já treinava no Ninho do Urubu, onde permaneceu cinco temporadas, colecionando mais de 80 partidas oficiais.
Em 2024, após contrato encerrado, assinou com o Vasco da Gama. Desde então, tem sido titular na lateral direita, acumulando 38 jogos e duas assistências na Série A.
Reação dos envolvidos e expectativas
Na manhã da convocação, o lateral foi encontrado em frente ao Vestiário da Baixada, ainda com a mochila de treino. "É inacreditável. Estava no Maracanã como torcedor, agora aqui, na lista da Seleção. Gratidão a todos que acreditaram em mim", declarou, a olhos de repórteres.
Wesley, que se recuperará nos próximos meses, enviou uma mensagem de apoio: "Boa sorte, Paulo. Se precisar de dicas, é só chamar" – um gesto de camaradagem que gerou muitos likes nas redes.
O técnico do Vasco, Jorge Navas, falou que a convocação reforça o projeto do clube de revelar talentos. "Quando um jogador sai da nossa base e chega à Seleção, é um reconhecimento de todo o trabalho coletivo".
Impacto nos amistosos e nos planos da Seleção
Os dois jogos programados – contra a Coreia do Sul em 14 de outubro e contra o Japão em 18 de outubro – serão decisivos para a avaliação de Ancelotti antes da Copa do Mundo de 2026.
- Treinos às 15h (aberto à imprensa) e às 16h (privado); sexta‑feira terá sessão às 10h e outra às 20h.
- Paulo Henrique será testado tanto no sentido defensivo quanto no apoio ao ataque, rivalizando com jogadores como Danilo e Renan Lodi.
- Se impressionar, pode integrar a lista final da Copa, especialmente como opção de rotação.
Especialistas acreditam que a presença de um lateral com “visão de jogo” e “capacidade de cruzamento” pode dar ao Brasil mais equilíbrio nas alas, sobretudo contra equipes que pressionam alto como o Japão.
O que vem pela frente para o lateral
Se tudo correr bem, Paulo Henrique pode garantir contrato renovado com o Vasco – que já demonstrou interesse em estender por mais duas temporadas – ou até mesmo despertar olhares de clubes europeus, como a Roma, que ainda busca reposição no setor.
Entretanto, o caminho não está livre de obstáculos. A concorrência interna no Vasco, a pressão por resultados na Série A e a necessidade de adaptar o estilo de jogo ao da Seleção exigirão foco total.
O que importa, segundo o próprio jogador, é "continuar trabalhando”. Ele encerrou a entrevista dizendo que o sonho de vestir a camisa canarinho não muda a sua vontade de dar o melhor em cada treinamento, seja no clube ou na Seleção.
Perguntas Frequentes
Como a convocação afeta a carreira de Paulo Henrique?
A presença na lista da Seleção coloca Paulo Henrique em evidência internacional. Além de aumentar seu valor de mercado, abre portas para possíveis transferências para clubes europeus e garante maior confiança ao retornar ao Vasco, onde será visto como líder dentro do elenco.
Quem substituirá Wesley nos próximos jogos da Seleção?
Além de Paulo Henrique, Ancelotti pode testar Danilo (Flamengo) e Renan Lodi (Atlético-MG) como opções de contingência. A escolha final dependerá do desempenho nos treinos do Going Yo Ang Stadium.
Quais são os principais desafios que o jogador enfrentará nos amistosos?
Ele precisará adaptar rapidamente ao ritmo da Seleção, que costuma ser mais intenso que a Série A. Além disso, terá que entender as instruções táticas de Ancelotti, que exigem transição rápida da defesa ao ataque e cobertura constante nas laterais.
Como a lesão de Wesley pode mudar a estratégia da Roma?
A Roma precisará buscar alternativas no mercado, possivelmente mirando no mercado sul‑americano. A transferência de Paulo Henrique para a Itália pode se tornar uma opção viável caso ele brilhe nos amistosos.
Qual a importância dos amistosos contra Coreia do Sul e Japão para a Seleção?
Essas partidas servem como testes táticos antes da Copa do Mundo de 2026. Elas permitem ao técnico avaliar a profundidade do elenco, testar formações diferentes e garantir que todos os jogadores estejam em ritmo de competição.
Benjamin Ferreira
outubro 7, 2025 AT 04:18É curioso pensar como o futebol se entrelaça com a própria existência humana; cada convocação carrega um peso simbólico que transcende o mero desempenho esportivo. Paulo Henrique, ao ser chamado, parece personificar a ideia de que a perseverança pode transformar a trajetória de um garoto de Açailândia em um símbolo nacional. O fato de substituir um lateral lesionado não diminui, mas antes realça a imprevisibilidade dos caminhos que a vida nos reserva. Se analisarmos a história dos atletas que surgem de ambientes humildes, veremos um padrão de superação que ecoa nas narrativas mitológicas. Portanto, a estreia dele não é apenas um número na lista, mas um convite para refletirmos sobre destino e esforço.
Marcelo Monteiro
outubro 16, 2025 AT 10:33Ah, a chamada inesperada de Paulo Henrique, como se o universo tivesse decidido improvisar um roteiro de novela... Primeiro, ele aparece na lista, e a imprensa já corre para fazer a cobertura como se fosse o próximo Messi. É claro que a comissão técnica precisava de um "lateral‑direito veloz", e o Ancelotti, num ato de genialidade diplomática, resolveu puxar o nome de um jogador que ainda está tentando firmar seu lugar no Vasco. Não podemos esquecer que Wesley, ainda que lesionado, já tem um currículo que inclui a Roma, enquanto Paulo Henrique ainda coleciona duas assistências na Série A. Mas quem se importa com a experiência quando se tem energia contagiante, não é mesmo? A mídia adora criar heróis de última hora, e aqui estamos, assistindo ao drama de um garoto de açailândia que virou símbolo de esperança nacional. O torcedor, obviamente, vai colocar a camisa da Seleção como se fosse um troféu de primavera. E, enquanto isso, os analistas de futebol já estão preparando gráficos complexos para demonstrar como a velocidade dele vai "desestabilizar" o ataque coreano. É quase poético observar como um detalhe – a lesão de um colega – pode virar o ponto de inflexão de toda uma campanha rumo ao Mundial de 2026. Não há dúvida de que a pressão será imensa; afinal, toda a nação está de olho naquele lateral que chegou à lista como quem chega atrasado ao próprio casamento. Se ele conseguir dar um cruzamento acertado, os jornais escreverão que o Brasil finalmente encontrou a solução para a falta de largura no esquema tático. Se falhar, as críticas serão ainda mais ferozes, como se fosse o fim da civilização. Por isso, a questão central não é se ele vai jogar, mas se ele vai conseguir manter a postura de quem foi inesperadamente exaltado. Em suma, a história de Paulo Henrique serve como lembrete de que o futebol, assim como a vida, é repleto de surpresas desconcertantes, e que a própria narrativa pode mudar num piscar de olhos. Afinal, quem diria que um lateral‑direito do Vasco seria a peça‑chave para a estratégia de Ancelotti? Só o tempo dirá, mas enquanto isso, vamos apreciar o espetáculo de um jogador que passou de fã no Maracanã a convocado nacional em menos de 24 horas.
Jeferson Kersten
outubro 25, 2025 AT 16:46Embora Paulo Henrique possua velocidade, seu histórico tático ainda apresenta fragilidades notáveis, sobretudo ao lidar com transições rápidas. A falta de experiência em jogos internacionais pode comprometer a efetividade de seu posicionamento defensivo. Recomenda‑se, portanto, que o técnico considere cuidadosamente seu tempo de partida.
Luziane Gil
novembro 3, 2025 AT 23:00Que alegria ver um irmão de Açailândia conquistando um sonho tão grande! Acredito que sua dedicação vai inspirar muitos jovens que ainda acreditam nas possibilidades. Continue firme, Paulo Henrique, e mostre ao Brasil toda a sua energia positiva nos amistosos.
Cristiane Couto Vasconcelos
novembro 13, 2025 AT 05:13Parabéns Paulo Henrique pela convocação. É uma vitória para o Vasco e para o futebol brasileiro
Deivid E
novembro 22, 2025 AT 11:26Olha, não é porque o Vasco fez a campanha que ele merece a seleção. Só tempo pra ver se aguenta o ritmo.