Ministro iraniano alerta para risco de guerra regional após ataques de Israel

Ministro iraniano alerta para risco de guerra regional após ataques de Israel
18 junho 2025 0 Comentários Alberto Pires

Irã vê fronteiras do conflito ameaçadas após operação israelense

O risco de um conflito armado se espalhar por todo o Oriente Médio está mais presente do que nunca, segundo o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi. O comunicado dele veio logo após um episódio explosivo: a operação 'Leão Ascendente', na qual Israel mirou diretamente as centrífugas de enriquecimento de urânio e parte da infraestrutura de segurança ligada ao programa nuclear iraniano. Dessa vez, Teerã não ficou apenas nos bastidores e decidiu se posicionar de maneira contundente, avisando que não aceitará a expansão das hostilidades além das atuais fronteiras.

Ninguém em Teerã esconde mais o nervosismo. A imagem é de cidades atentas, governo mobilizado e uma sociedade que sabe muito bem o que está em jogo quando se fala em ataques a instalações nucleares. O discurso de Araghchi ecoou palavras duras: ele classificou a postura israelense como uma violação escancarada do acordo internacional de não proliferação nuclear. Falou em risco de "guerra regional generalizada", um recado claro para quem quiser ouvir. O governo também ressalta que qualquer ação militar direta dos Estados Unidos, por exemplo, pode desencadear respostas imprevisíveis.

EUA na mira das ameaças iranianas e dilemas geopolíticos

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A tensão subiu ainda mais depois que vozes ligadas à Casa Branca começaram a falar em ataques a alvos estratégicos do Irã, como o complexo de Fordo — um dos mais secretos e protegidos locais do programa nuclear iraniano. Não por acaso, alta cúpula do governo, incluindo o aiatolá Ali Khamenei, fez questão de deixar o aviso: qualquer investida americana resultará em consequências "irreversíveis".

No palco internacional, o conflito virou um verdadeiro impasse. Para Israel, as ofensivas são medidas preventivas para frear o avanço nuclear do Irã, que para eles é uma ameaça direta à existência do Estado. Já os iranianos veem tudo como provocação, buscando envolver o país numa guerra que pode acabar fugindo do controle. O espectro de ataques coordenados, sabotagens e retaliações levanta o temor de uma escalada que envolva até mesmo outros atores regionais, como Hezbollah e potências vizinhas.

  • Israel afirma agir para impedir desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã.
  • Irã acusa Israel de violar tratados internacionais e ameaça resposta militar.
  • Estados Unidos estudam possíveis intervenções, ampliando o risco de conflito generalizado.

A opinião pública nos dois países também está sob forte influência das narrativas governamentais, enquanto o restante do mundo assiste apreensivo aos próximos capítulos dessa tensão crescente. Até agora, ninguém sabe ao certo se o desejo de evitar uma guerra mais ampla vai prevalecer ou se a lógica da escalada vai falar mais alto no coração de uma das regiões mais instáveis do planeta.