Khellven vibra com estreia na Seleção Brasileira Sub-23 e fala sobre pressão no Pré-Olímpico

A emoção e a responsabilidade de jogar pela Seleção
Imagine sentir aquele frio na barriga antes de entrar no gramado, sabendo que todo o Brasil está de olho em você. Foi exatamente essa mistura de emoção e nervosismo que marcou a estreia de Khellven Douglas Silva Oliveira pela Seleção Brasileira Sub-23 no Pré-Olímpico da CONMEBOL, disputado entre janeiro e fevereiro de 2024 na Venezuela. O lateral-direito, nascido em Alexandria, no interior do Rio Grande do Norte, não escondeu a ansiedade ao vestir uma das camisas mais pesadas do mundo.
Mesmo já tendo passado por grandes desafios defendendo o Athletico Paranaense, o salto para uma competição internacional com a Seleção Brasileira mexeu com o jogador. "Frio na barriga" foi o resumo honesto do que sentiu ao ouvir o hino nacional tocando em mais um torneio importante, agora com o sonho Olímpico em jogo. Ele sabe que se destacar entre tantos jovens talentos é tarefa dura, e cada minuto em campo é uma chance de mostrar que merece uma vaga em Paris 2024.
Da rotina de clubes ao desafio internacional
A trajetória de Khellven não foi das mais fáceis. Revelado ainda garoto lá no Rio Grande do Norte e lapidado no Athletico Paranaense, ele também passou pela adaptação ao futebol europeu no CSKA Moscou. Só que nenhuma experiência anterior se compara ao peso de competir num torneio que serve de passaporte para uma Olimpíada, uma vitrine onde todos querem brilhar.
O Pré-Olímpico, além da pressão natural, reuniu apenas atletas nascidos a partir de 2001, tornando o clima ainda mais competitivo. Para Khellven, participar dessas partidas é como refazer caminhos que exigem não só habilidade, mas também cabeça fria para suportar cobranças, seja dos torcedores ou da comissão técnica comandada por Ramon Menezes. Cada lance é avaliado cuidadosamente, cada falha amplificada, e cada jogada certa aumenta, mesmo que um pouco, a confiança do elenco e do próprio atleta.
Para um garoto do interior potiguar, estar no centro desse palco é motivo de orgulho. Mas Khellven sabe que é só o começo. A competição abriu portas e acendeu de vez o desejo de carimbar o nome não só em listas de convocação, mas também na história do futebol brasileiro. Entre um treino e outro, a busca por evolução segue: experiência internacional, exposição a novos estilos de jogo e a convivência com jovens promessas de vários clubes.
E quem acompanha futebol brasileiro sabe – tradição não entra em campo sozinha. Por isso, essa primeira experiência pode ser só um capítulo de história maior, que pode acabar levando Khellven ao maior palco esportivo do planeta, a Olimpíada de Paris.