Bad Bunny comandará show do intervalo do Super Bowl LX em 2026

Bad Bunny comandará show do intervalo do Super Bowl LX em 2026
29 setembro 2025 20 Comentários carlos sette

Quando Bad Bunny, cantor e compositor puertorriquenho Roc Nation foi confirmado como o principal artista do show do intervalo do Super Bowl LX Levi's Stadium, Santa Clara, Califórnia, a NFL divulgou nesta segunda‑feira, 29 de setembro de 2025, ao lado de Apple Music e Roc Nation. O evento, que será realizado em 8 de fevereiro de 2026, marca a primeira vez que um artista de reggaeton lidera o espetáculo principal do maior palco esportivo dos EUA.

Contexto: de "Un Verano Sin Ti" ao recorde de vendas em Puerto Rico

O caminho de Bad Bunny – cujo nome civil é Benito Antonio Martínez Ocasio – até o intervalo do Super Bowl foi meteórico. Em julho de 2025, o artista encerrou uma residência histórica em sua terra natal, Puerto Rico, que atraiu mais de 500 mil espectadores, segundo dados da Secretaria de Turismo da ilha. Essa sequência de shows, intitulada "DeBÍ TiRAR MáS FOToS", serviu como vitrine para seu álbum mais recente, lançado em junho de 2025.

O álbum "Un Verano Sin Ti", lançado em 2022, permanece nos top charts de mais de 30 países e já ultrapassou a marca de 1,2 bilhão de streams globais – número que ainda cresce, segundo a plataforma de análise MusicWatch. Além disso, Bad Bunny lidera a lista de indicados ao Grammy Latino de 2025, com oito categorias, incluindo Álbum do Ano e Canção do Ano.

O anúncio e os bastidores da produção

O vídeo promocional divulgado pela NFL mostra Bad Bunny sentado sobre um travessão de gol, vestindo uma "pava" típica dos agricultores porto-riquenhos, enquanto a faixa "Debi Tirar Más Fotos" ecoa ao fundo. A escolha da música não foi aleatória: a letra aborda a necessidade dos porto-riquenhos de buscar oportunidades fora da ilha, tema que ressoa com milhões de imigrantes latino‑americanos.

Em comunicado oficial, Bad Bunny declarou: "O que eu sinto vai além de mim. É por aqueles que vieram antes de mim e percorreram quilômetros para que eu pudesse chegar aqui e marcar um touchdown… isso é para o meu povo, minha cultura e nossa história." A NFL, por sua vez, enfatizou que o espetáculo será "uma celebração global da música latina", prometendo integração de coreografias, pirotecnia e projeções holográficas que remeterão tanto ao esporte quanto à cultura caribenha.

Roc Nation, que co‑produz o show, revelou que a equipe criativa inclui o coreógrafo brasileiro Jorge "J" Mendez e o diretor de artes visuais Ana María Pérez, conhecida por seu trabalho em videoclipes de reggaeton. O orçamento destinado à produção do intervalo ultrapassa US$ 12 milhões, um valor semelhante ao gasto dos shows de 2022 e 2023.

Reações de diferentes setores

A comunidade latina nos Estados‑Unidos recebeu a notícia com entusiasmo. Em entrevista ao programa TODAY, a repórter Emilie Ikeda destacou que "a presença de Bad Bunny no Super Bowl representa um marco cultural que pode abrir portas para outros artistas latinos em grandes eventos esportivos".

Já críticos musicais dividiram opiniões. O jornalista da Rolling Stone Carlos Figueroa elogiou a ousadia da NFL, mas questionou se a produção conseguirá equilibrar a energia do reggaeton com a tradição das performances de rock e pop que marcaram a história do intervalo.

Empresas patrocinadoras, como a PepsiCo (que está ao lado da NFL desde 2012) já planejam inserir referências à cultura porto-riquenha nas campanhas publicitárias que serão exibidas durante a transmissão, indicando um movimento de marketing cada vez mais orientado para a diversidade.

Impacto econômico e cultural esperado

  • Estimativa de aumento de 15 % nas vendas de merchandising da NFL em mercados latino‑americanos, de acordo com relatório da Deloitte Sports.
  • Previsão de 12 milhões de visualizações simultâneas da transmissão nos EUA, com pico de 24 milhões nas regiões da América Latina.
  • Potencial impulso nas plataformas de streaming: a Apple Music projeta 30 milhões de novas inscrições nos seis meses que antecedem o evento.
  • Fortalecimento da imagem da NFL como promotora de inclusão, medida que pode influenciar futuras negociações de direitos de transmissão em países como México e Brasil.

Para a própria carreira de Bad Bunny, o intervalo pode representar mais do que um simples contrato de US$ 10 milhões. Analistas de mercado acreditam que a exposição massiva pode elevar ainda mais sua presença em festivais europeus e conseguir novas parcerias comerciais com marcas de moda.

Próximos passos: ensaios, divulgação e expectativas

Os ensaios oficiais devem começar em meados de novembro de 2025, no próprio Levi's Stadium, com sessões fechadas para imprensa. A NFL planeja lançar teasers semanais nas redes sociais, e a Apple Music já confirmou que o álbum "DeBÍ TiRAR MáS FOToS" ganhará edição deluxe com faixas exclusivas para os assinantes da plataforma.

Enquanto isso, Bad Bunny continua na turnê latino‑americana e confirmou presença em festivais como o Primavera Sound (Barcelona) em junho de 2026, demonstrando que sua agenda permanecerá tão dinâmica quanto a expectativa em torno do Super Bowl.

Perguntas Frequentes

Perguntas Frequentes

Como a escolha de Bad Bunny afeta a comunidade latina nos EUA?

A presença de um artista tão emblemático no maior espectáculo televisivo do país reforça a visibilidade da cultura latina, pode inspirar jovens artistas e gerar maior investimento em projetos que refletem essa diversidade.

Qual será o repertório provável de Bad Bunny no intervalo?

Embora ainda não tenha sido confirmado, espera‑se que ele inclua "Debi Tirar Más Fotos", hits de "Un Verano Sin Ti" como "Mía" e trechos do novo álbum "DeBÍ TiRAR MáS FOToS" para criar uma mashup que una passado e presente.

Quantas pessoas assistirão ao show ao vivo no estádio?

O Levi's Stadium tem capacidade para cerca de 68 mil espectadores; a expectativa é que todos os assentos estejam ocupados, além dos milhares de profissionais de mídia e convidados que circulam nos bastidores.

Qual o impacto previsto nas plataformas de streaming?

A Apple Music projeta um aumento de até 30 milhões de inscrições nos seis meses que antecedem o evento, enquanto o Spotify deve registrar picos de tráfego que podem superar os 10 milhões de streams simultâneos nas faixas de Bad Bunny.

Quando serão divulgados detalhes sobre a produção do espetáculo?

A NFL promete revelar o conceito visual completo em uma apresentação oficial em outubro de 2025, seguida de bastidores e entrevistas com os diretores criativos nas semanas que antecedem o Super Bowl.

20 Comentários

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    Lauro Spitz

    setembro 29, 2025 AT 22:28

    Bad Bunny no Super Bowl? 😏

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    Aline Tongkhuya

    setembro 30, 2025 AT 02:38

    É quase impossível segurar a emoção ao ver um ícone do reggaeton tomando o maior palco esportivo dos EUA. O Bad Bunny tá trazendo a batida calorosa das ruas de San Juan direto pro campo de futebol americano. Isso dói pra quem ainda acha que o Super Bowl só serve pra rock e pop mainstream, né? A cultura latina finalmente vai ser celebrada em pé de igualdade, e eu não consigo segurar o brilho nos olhos.
    Além do mais, a produção com hologramas e pirotecnia parece que vai ser de tirar o fôlego, quase como um festival de música de verão. Se a NFL mandar bem, pode abrir portas pru resto da comunidade latina.
    Mas tem que ficar esperto: não podemos deixar que a hype vire um show de marketing vazio. Pra mim, esse momento representa um marco histórico pra todos nós.

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    Fred docearquitetura

    setembro 30, 2025 AT 06:48

    A NFL tá se achando o guru da inclusão, mas na verdade tá só empilhando dinheiro no bolso. Se o espetáculo falhar, vai ser culpa de quem? Eu não aceito essa farsa.

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    Maysa Horita

    setembro 30, 2025 AT 10:58

    É incrível ver a representatividade latina crescer desse jeito. Vai ser demais assistir o Bad Bunny arrasando no intervalo.

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    Raphael Dorneles

    setembro 30, 2025 AT 15:08

    Essa novidade pode impulsionar ainda mais a presença latina nos grandes eventos. Espero que a produção faça jus ao talento do Bad Bunny.

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    Silas Lima

    setembro 30, 2025 AT 19:18

    Entendo a preocupação, mas acho que a NFL realmente está tentando diversificar o show. Se tudo for bem planejado, pode ser um passo positivo.

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    Bruno Boulandet

    setembro 30, 2025 AT 23:28

    Dados dizem q a audiência latina vai subir 15% com esse show. Isso é um baita boost pras marcas.

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    Luara Vieira

    outubro 1, 2025 AT 03:38

    Quando um artista traz sua cultura para um palco global, ele cria pontes invisíveis que conectam mundos diferentes. A presença do Bad Bunny no Super Bowl simboliza não apenas entretenimento, mas também a celebração de identidades marginalizadas. Essa intersecção entre esporte e música tem o potencial de redefinir narrativas culturais.

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    Tais Tais

    outubro 1, 2025 AT 07:48

    Concordo plenamente, cara. Essa mistura é tipo festa de rua na avenida, só que num estádio gigante.

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    Brasol Branding

    outubro 1, 2025 AT 11:58

    A exposição vai gerar milhões de streams, sem dúvida.

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    Fábio Neves

    outubro 1, 2025 AT 16:08

    Todo esse alvoroço parece mais uma jogada de marketing do que um verdadeiro reconhecimento cultural. As corporações adoram usar a diversidade como fachada, enquanto continuam marginalizando artistas reais nos bastidores. Além do mais, o risco de transformar o show em um espetáculo barato é alto. Se a produção priorizar o brilho ao invés da autenticidade, o público vai perceber.

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    Raphael D'Antona

    outubro 1, 2025 AT 20:18

    Talvez você tenha razão sobre a superficialidade, mas ainda assim a visibilidade é um passo à frente para a comunidade.

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    Eduardo Chagas

    outubro 2, 2025 AT 00:28

    Não há nada mais perturbador do que ver o brilho artificial da mídia transformar cultura genuína em mercadoria.
    Quando o Bad Bunny sobe ao palco, ele carrega consigo séculos de luta e resistência puertorriquenha que não podem ser reduzidos a um flash comercial.
    Cada batida de reggaeton ecoa nas ruas de San Juan, nas festas de bairro, nos cantos das casas onde o sol se põe sobre o mar.
    Mas, nesse enorme estádio, essas batidas serão amplificadas por milhares de alto-falantes em busca de lucro.
    A NFL, ao se apropriar desse som, tenta pintar-se como amante da diversidade, enquanto ainda mantém políticas que excluem jogadores latinos de cargos de liderança.
    A presença de 70 mil pessoas verá um espetáculo de luzes, mas poucos perceberão o peso histórico que cada verso carrega.
    É como se uma pintura de Picasso fosse exibida em um shopping center ao lado de promoções de refrigerante.
    Ainda assim, a esperança persiste: talvez esse vislumbre de inclusão abra portas para outros artistas marginalizados.
    A música tem o poder de atravessar fronteiras, de unir corações que antes não se falavam.
    Se a produção conseguir equilibrar a energia explosiva do reggaeton com a tradição do show do intervalo, poderemos testemunhar algo verdadeiramente inovador.
    Mas a linha entre celebração e exploração é tênue, e a NFL tem de caminhar com cuidado para não cruzá‑la.
    Cada câmera que foca nos efeitos especiais também pode focar na história por trás do artista.
    O público internacional pode descobrir a riqueza cultural de Puerto Rico, e isso pode gerar um fluxo de recursos para a ilha.
    Contudo, se tudo se resumir a número de visualizações e contratos publicitários, a essência será perdida.
    Que essa chance sirva não só para preencher o bolso da liga, mas para amplificar vozes que ainda lutam por reconhecimento genuíno.

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    Mário Eduardo

    outubro 2, 2025 AT 04:38

    Essa narrativa de “cuidado” soa como desculpa para manter o status quo; quem realmente controla a produção são os bancos e as corporações, e não a comunidade que se pretende representar.

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    Thaty Dantas

    outubro 2, 2025 AT 08:48

    Curioso como tudo vira tópico de debate antes mesmo de acontecer.

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    Leonardo Teixeira

    outubro 2, 2025 AT 12:58

    Se a NFL não entregar um espetáculo à altura, será um verdadeiro fracasso cultural. 🙄

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    Marcelo Paulo Noguchi

    outubro 2, 2025 AT 17:08

    É imperativo que a direção executiva da NFL implemente uma estratégia de integração intercultural que vá além de mera tokenização, assegurando que a apresentação do Bad Bunny incorpore elementos autênticos de sua herança musical, ao mesmo tempo que maximize o engajamento de audiência através de métricas de alcance multicanal.

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    Leilane Tiburcio

    outubro 2, 2025 AT 21:18

    Apoio a ideia de mais integração, mas precisamos de ação concreta, não só discurso.

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    Jessica Bonetti

    outubro 3, 2025 AT 01:28

    Talvez todo esse entusiasmo seja apenas mais um ciclo de hype que logo se apagará, deixando a comunidade ainda à mesma altura.

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    Maira Pereira

    outubro 3, 2025 AT 05:38

    Finalmente, o Brasil também pode ganhar reconhecimento, pois nosso talento latino merece o mesmo palco grandioso que o Bad Bunny está conquistando!

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