Ataque de pitbull em Piraquara: bebê de 3 anos tem couro cabeludo arrancado e babá intervém

Ataque de pitbull em Piraquara: bebê de 3 anos tem couro cabeludo arrancado e babá intervém
22 setembro 2025 0 Comentários carlos sette

Na tarde de domingo (21), a rua Guilherme Beetz, no bairro Jardim Bom Jesus dos Passos, virou cena de horror quando um pitbull atacou uma menina de três anos que brincava no quintal da casa onde estava sob os cuidados de uma babá. Segundo o Corpo de Bombeiros, o animal agiu com força extrema, mordendo a região parietal da cabeça e realizando um ataque de pitbull que resultou em escoriação profunda e retirada parcial do couro cabeludo – condição médica conhecida como escarificação.

Detalhes do incidente e socorro imediato

O sargento Costa, do Corpo de Bombeiros, descreveu a situação de forma gráfica: “A criança tinha a região craniana, nas áreas parietais, escarificada. O cachorro mordeu e arrancou parte da pele da caixa craniana”. Enquanto a menina gritava, a babá de 28 anos reagiu instantaneamente, tentando proteger a vítima. Em sua luta, a cuidadora recebeu mordidas nas mãos e no peito, mas conseguiu afastar o animal antes que o dano se agravasse.

Logo após o ataque, a equipe de socorro conduziu a menina ao Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, onde foi submetida a uma cirurgia de emergência para reposicionar o tecido e evitar infecções graves. Os médicos confirmaram que, apesar da gravidade da lesão, a pequena não corre risco de vida e tem boas chances de recuperação completa, embora enfrentará um processo de reabilitação estético e funcional.

A própria babá recebeu tratamento no mesmo hospital e, após estabilização, recebeu alta. Ela permanece como testemunha chave do caso, descrevendo a rapidez com que o cão se aproximou e a intensidade do ataque.

Repercussões, investigação e debate sobre responsabilidade animal

A Polícia Civil de Piraquara abriu inquérito para apurar as circunstâncias do incidente, a origem do animal e a adequação das condições de guarda. Segundo informações preliminares, o pitbull ainda se encontra na residência da babá, sob custódia das autoridades até que decisões judiciais determinem seu destino.

Especialistas em comportamento canino ressaltam que, embora os pitbulls tenham reputação de agressividade, a maioria dos ataques ocorre quando os donos não oferecem socialização, treinamento adequado ou controle físico. A falta de supervisão quando há crianças pequenas potencializa o risco.

O caso reacendeu o debate sobre a posse responsável de cães de grande porte no Brasil. Algumas cidades já implementaram regras mais rígidas, como a obrigatoriedade de coleira e focinheira em locais públicos, bem como a exigência de seguro contra danos a terceiros.

Para os pais e responsáveis, a mensagem é clara: antes de permitir que uma criança brinque em contato próximo com qualquer animal, certifique‑se de que ele está bem treinado, vacinado e sob supervisão constante. A rapidez da babá salvou a vida da menina, mas o episódio demonstra que a prevenção deve ser prioridade para evitar tragédias semelhantes.