Aryna Sabalenka vence US Open 2025 e fala sobre controle emocional

Quando Aryna Sabalenka, número 1 mundial da WTA, soube segurar a raquete e a emoção, o US Open 2025 virou sua maior celebração até hoje. No sábado, 7 de setembro, ela bateu a americana Amanda Anisimova por 6‑3 e 7‑6(3) no Arthur Ashe Stadium, em Flushing Meadows, Queens, encerrando um duelo de 94 minutos que deixou a plateia em choque.

Contexto histórico: a jornada até a final

Sabalenka chegou a Nova Iorque depois de uma temporada que mais pareceu um roteiro de filme de superação. Em 2025, a bielorrussa somou 56 vitórias e 10 derrotas, conquistando quatro títulos de simples – Miami, Madrid, Brisbane International e, claro, o próprio US Open. Os demais Grand Slams foram quase perfeitos: final na Australian Open (perdeu para Madison Keys), final em Roland Garros (derrota para Coco Gauff) e semifinal em Wimbledon. Cada derrota serviu de lição; a atleta contou em entrevistas que trabalhou obsessivamente no retorno de saque, ponto que ainda lhe tirava o sono desde o Wuhan Open de setembro passado.

Detalhes da final: emoções à flor da pele

O primeiro set foi quase uma brincadeira para Sabalenka, que quebrou o serviço de Anisimova duas vezes e fechou 6‑3. No segundo, o clima mudou. A americana acertou um duplo falta que deu a Sabalenka 5‑1 no tie‑break, mas a bielorrussa ainda sentiu o coração acelerar. "Dois finais onde eu perdi completamente o controle das emoções", confessou ela ao ESPN às 21h45 (horário da costa leste). "Decidi que não deixaria isso acontecer de novo".

Em nenhum momento ela deixou o nervosismo transbordar. Para ilustrar o quão perto esteve de explodir, colocou o polegar e o indicador quase tocando, como se mostrasse que “faltou apenas um milímetro”. Essa imagem ficou marcada nas redes, gerando memes que misturavam sua postura firme com o clássico "tensão do tênis".

Quando a partida chegou ao tie‑break, Sabalenka manteve a calma, venceu o ponto decisivo e levantou o troféu enquanto a plateia cantava “Sabalenka! Sabalenka!”. Seu prêmio? US$ 5.000.000 – um salto de US$ 1,4 milhão em relação ao vencedor de 2024.

Reações dos protagonistas e especialistas

"Eu me sinto louca", disse Sabalenka ao ser questionada pela Tennis Channel. "Quero rir, gritar, chorar ao mesmo tempo". A americana Anisimova, por sua vez, elogiou a rival: "Aryna jogou o melhor tênis da sua vida, eu não poderia pedir nada melhor como adversária".

O ex‑campeão de Grand Slam, Roger Federer, comentou em seu Instagram que "a maturidade mental de Sabalenka é o que diferencia os grandes dos bons". Já a analista da BBC Sport, Emma Smith, destacou que a melhora no retorno foi crucial: "Ela entrou no tie‑break com 5‑1 exatamente porque conseguiu neutralizar o saque de Anisimova, algo que não via há meses".

Impacto nos rankings, prêmios e a corrida para o WTA Finals

Com a vitória, Sabalenka ampliou sua liderança sobre a número 2, Iga Świątek, para mais de 3.000 pontos, ultrapassando 11.000 pontos acumulados. Em termos de dinheiro, seu total de 2025 chegou a US$ 12.133.419, colocando-a entre as jogadoras mais bem pagas da história do circuito.

Além disso, a bielorrussa se tornou a primeira atleta a garantir vaga no WTA Finals 2025, que será realizado em Riyadh, Arábia Saudita, a partir de 27 de outubro. O torneio, patrocinado pelo PIF (Public Investment Fund), reunirá as oito melhores do ano – e Sabalenka entra como favorita absoluta.

Próximos passos: o que esperar de Sabalenka no restante da temporada

Os próximos meses prometem ainda mais emoções. Depois de Riyadh, a agenda inclui os torneios de Dickeys (Austrália) e, quem sabe, uma revanche com Anisimova no próximo US Open 2026, caso a americana mantenha a forma. Para os fãs, a grande questão é se Sabalenka conseguirá manter o controle emocional quando o calendário ficar ainda mais pesado.

O que ficou claro nesta vitória é que a combinação de técnica refinada – sobretudo o retorno – com a nova disciplina mental transformou a bielorrussa de "temperamental" para "dominante". Se a temporada continuar nesse ritmo, 2025 pode entrar como o melhor ano da história de Sabalenka, e o tênis feminino ganhará um novo ícone de consistência.