Alemanha vence Luxemburgo e fica a um passo da Copa do Mundo-2026

Na sexta-feira, 14 de novembro de 2025, a Alemanha bateu o Luxemburgo por 2 a 0 no Stade de Luxembourg, em Kirchberg, e deu um passo decisivo rumo à Copa do Mundo de 2026. O jogo, válido pela quinta rodada do Grupo A das eliminatórias europeias, foi marcado por um primeiro tempo tímido e uma segunda etapa implacável, com dois gols do atacante Nick Woltemade, de 23 anos, que atua no Werder Bremen. A vitória coloca a Alemanha na liderança do grupo com 12 pontos, igualada à Eslováquia, mas com vantagem no saldo de gols — 7 marcados contra 4 sofridos. O que importa agora? Um empate na próxima segunda-feira, 17 de novembro, em Leipzig.

Um primeiro tempo que assustou, um segundo que acalmou

A seleção alemã entrou em campo com uma formação quase toda baseada em jogadores do Bayern de Munique: Goretzka, Sané, Gnabry, Pavlović — todos da equipe bávara. Mas o jogo começou lento, confuso. O Luxemburgo, com 11 jogadores que jogam em ligas menores da Europa, pressionou alto, cortou passes, e quase surpreendeu. O técnico Julian Nagelsmann, de 38 anos, que assumiu o time em 2023 após sair do Bayern, parecia desconcertado. A torcida alemã, que esperava um show, ficou em silêncio. Foi só aos 52 minutos, após um cruzamento mal defendido, que Woltemade, de cabeça, abriu o placar. Dois minutos depois, em contra-ataque rápido, ele mesmo finalizou com precisão. O segundo gol foi o golpe de misericórdia. A equipe, que vinha de uma eliminação frustrante na Nations League e de uma derrota por 2 a 0 na Eslováquia, finalmente respirou.

Um Luxemburgo que luta, mas não vence

O Luxemburgo não tem história de classificação para Copas do Mundo. Nenhuma. Desde 1908, nunca passou da fase de classificação. Mas o time de Jeff Strasser, ex-jogador e atual técnico, jogou com alma. O goleiro Anthony Moris, de 36 anos, fez defesas dignas de um campeão. O meio-campo, com os irmãos Thill e o atacante Danel Sinani, do Luton Town, criou momentos reais. Mas a diferença técnica foi gritante. O país, com menos de 700 mil habitantes, não tem estrutura para competir com potências. Mas jogou como se a honra da camisa fosse mais importante que o resultado. E foi isso que emocionou quem viu. Ninguém esperava que fosse tão difícil. Mas foi.

A Eslováquia, a sombra que assombra

Aqui está o detalhe que ninguém pode ignorar: a Eslováquia também venceu, por 3 a 1, sobre a Irlanda do Norte, e chegou aos mesmos 12 pontos. A diferença? Saldo de gols. A Alemanha tem +3 (7-4). A Eslováquia, +3 também (6-3). Mas a Alemanha tem um gol a mais. Isso significa que, na última rodada, se a Alemanha empatar com a Eslováquia em Leipzig, ela se classifica. Se perder, cai. Se a Eslováquia vencer, ela vai. É simples. Mas é tenso. O Zentralstadion, em Leipzig, com quase 50 mil pessoas, vai vibrar como nunca. O técnico Nagelsmann sabe: não basta vencer. Precisa ser inteligente. O time tem jogadores talentosos, mas falta consistência. E isso pode ser fatal.

Leipzig: o palco da decisão

O jogo decisivo será na segunda-feira, 17 de novembro de 2025, às 16h45 (horário de Brasília). O Zentralstadion foi reformado para a Copa de 2006 e hoje é um dos estádios mais modernos da Alemanha. A torcida alemã, que se despediu da Copa de 2022 cedo, quer ver sua equipe de volta ao topo. Mas a pressão é imensa. A Eslováquia, por sua vez, está mais perto do que nunca de voltar a uma Copa do Mundo desde 2010. O técnico Pavel Hapal já disse que “não é só um jogo, é uma missão”. E ele tem razão. Para a Alemanha, é uma obrigação. Para a Eslováquia, é um sonho.

Um país que nunca sonhou, e outro que não pode errar

O Luxemburgo é um dos menores países da Europa. Não tem academias de futebol de elite. Não tem jogadores no top 10 da Premier League. Mas tem paixão. E isso, às vezes, é mais valioso que talento. Já a Alemanha, pentacampeã mundial, vive um ciclo de renovação. Tem jovens como Florian Wirtz, de 21 anos, e o próprio Woltemade. Mas também tem uma geração que perdeu confiança. O time que venceu a Copa de 2014 não existe mais. O que sobrou é um time em construção — e que precisa provar que ainda tem alma. Essa vitória contra o Luxemburgo foi um alívio. Mas não uma solução.

Qual é o próximo passo?

Agora, tudo se resume a um único jogo. Se a Alemanha empatar, está classificada. Se perder, a Eslováquia vai. E se houver empate em 1 a 1? A Alemanha segue. Se for 0 a 0? Mesmo assim, a Alemanha vai. O saldo de gols é o seu escudo. Mas o que ninguém sabe é se a equipe vai jogar com medo — ou com coragem. O técnico Nagelsmann tem que escolher: manter a posse e arriscar? Ou fechar e esperar o erro? A resposta pode definir o futuro da seleção por anos.